Família é uma das instituições sociais mais importantes que temos. Ela vem se modificando e adaptando ao longo dos séculos, condições e visão de cada sociedade. Inicialmente, em meados do século 18, antes da Revolução Industrial, como as famílias viviam no campo eram muito maiores. Formadas por pai, mãe, avós, filhos, netos e bisnetos.

A partir do surgimento dos centros urbanos, com a mudança das famílias para as cidades em busca de novos empregos e oportunidades, elas passaram a diminuir.

Além disso, outro fator que levou a essa mudança foram os divórcios que deixaram de ser vistos como um monstro. Assim novas famílias passaram a ser formadas, como famílias de pais separados ou com filhos das relações atuais.

Esses novos arranjos familiares levaram tempo tanto para acontecerem quanto para deixarem de ser vistos com maus olhos, mas foi isso que levou a tudo que conhecemos hoje.

Na modernidade, novas configurações têm surgido a todo momento, contudo, de acordo com o Estatuto da Família o núcleo é formado pela união entre um homem e uma mulher, por meio do casamento ou união estável.

Hoje existem famílias de casais sem filho, casais homoafetivos, famílias de mãe ou pai solteiros. As mudanças na dinâmica social, a atuação da mulher no mercado de trabalho, a facilidade dos divórcios e maior informatização sobre os direitos das relações homoafetivas corroboram para que as “regras” de convivência familiar sejam modificadas. Além disso, o Judiciário tem aceitado os novos arranjos familiares mesmo sem o respaldo da legislação.

O que sabemos até agora?

Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça definiu que os cartórios brasileiros não poderiam negar a celebração civil de casais homoafetivos.

Em 2010, o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou dados que revelam que a família tradicional corresponde a cerca de 50% das famílias brasileiras, taxa inferior à dos anos 1980, que era de 66%.

Você sabia que a série Modern Family aborda esse assunto?

De forma leve e engraçada, a série norte-americana, que estreou em 2009 mostra o cotidiano de três famílias. Uma família tradicional, um homem casado com uma mulher bem mais nova que ele e um casal homossexual. A série aborda essa configuração e como uma lida com as situações do dia a dia.

Família do século XXI

Família hoje, vai muito além de laços de sangue. Muitas famílias se constituem por laços afetivos. Família envolve amor, cuidado, zelo e empatia. Família é quem está presente nos momentos bons e ruins, para celebrar, dar suporte e força.

E, apesar de parecer simples na teoria, na prática muitas famílias enfrentam preconceitos como:

·       Tolerar as diferenças;

·       Ensinar o respeito;

·       Combater a violência.

Existem muitas pessoas, intolerantes, que não aceitam e entendem que família se resume apenas mãe, pai e filhos. Família envolve afeto, consideração e cuidado. Em alguns casos, episódios de violência, preconceito e até exclusão de grupos são presenciados.

A discussão vai muito além, visto que ainda há a uma diferença entre laços de sangue e laços afetivos, o que, aparentemente, dá o direito de ditar se determinado núcleo é ou não familiar. O que deve ser feito é respeitar e aceitar, sem preconceito e exclusão, qualquer tipo de família, independente de gênero ou opção sexual.

Fontes: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-familia-pauta-na-escola-mudancas-seculo-xxi.htm

Texto por: Gabriela Bruno

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