Autismo na vida adulta

O TEA (Transtorno do espectro autista) afeta o desenvolvimento neurológico de crianças, trazendo mudanças na comunicação, no comportamento e na interação social. Geralmente os sintomas aparecem entre os 12 e 24 meses de idade, porém, muitas vezes, podem passar despercebidos. Isso leva a milhares de adultos descobrirem sua condição depois de muitos anos e encarar diversas dúvidas e indagações.

É bastante provável que adultos convivam anos com o TEA sem saber que são portadores dessa condição. Eles trabalham, estudam, convivem em salas de aula regular, socializam e constituem família sem a mínima desconfiança. Isso se deve ao fato desses indivíduos não manifestarem características moderadas ou severas do distúrbio. Contudo, ao longo da vida, alguns traços podem acabar se evidenciando.

Adultos com TEA normalmente são considerados como as pessoas tímidas do grupo, o que até certo ponto pode ser normal, já que algumas pessoas são mais extrovertidas que outras.

Mas então como essas pessoas conseguem o diagnósticos depois de tantos anos?

Umas das causas mais comuns são pais que levam seus filhos ao médico para analisar possível caso de TEA. Durante a consulta, o médico faz uma investigação no histórico familiar, nos traços e comportamentos e descobre sintomas em comum entre pais e filhos.

Além disso, existem outras forma de descobrir se uma pessoa é portadora do TEA. A exemplo, podemos observar alguns comportamentos determinantes:

– Dificuldade em entender discursos;

– Pouca compreensão para entender o uso de algumas palavras em duplo sentido;

– Hiperfoco em ferramentas, instrumentos, mecanismos tecnológicos e coisas materiais;

– Indivíduos extremamente ingênuos;

– Não desconfiança de determinados sinais sociais;

– Possuir linguagem direta;

– Não sabem falar de maneira mais delicada e utilizar linguagem direta;

– Obsessão por seguir regras, rotinas e detalhes sequenciais de tarefas;

– Irritar-se facilmente quando as coisas saem da rotina.

Receber esse diagnóstico na vida adulta pode ser um grande alívio para aquela pessoa. O diagnóstico é um passo para o autoentendimento e a auto aceitação de quem realmente somos, além de ajudar a compreender porque agimos de determinada maneira.

Para lidar com adultos portadores de TEA, o acompanhamento e inserção dessa pessoa na sociedade deve contar com a ajuda de família, amigos e terapia

Aqui é importante frisar que o autismo não é uma doença ou enfermidade. É  apenas uma outra maneira de ver e entender o mundo!

Devemos lutar contra o estigmas e preconceitos a cerca dessa condição e a informação é a melhor arma!

Texto por: Gabriela Bruno

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